Vacina da gripe será dada a partir de 55 anos


Segundo o Ministério da Saúde, algumas mudanças acontecerão nas indicações de duas vacinas do calendário nacional. A partir de 2020 a vacina contra a febre amarela será estendida a todos os municípios brasileiros e uma dose de reforço será oferecida a crianças de quatro anos. Outra mudança será a vacina contra a gripe que passará a ser oferecida a partir dos 55 anos.

Até o final de 2019 a vacina contra a gripe era oferecida para idosos a partir de 60 anos. Com a mudança, crianças de quatro anos, que, mesmo já vacinadas, precisarão tomar uma dose de reforço nessa idade. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) apenas uma dose já é capaz de proteger a pessoa pelo resto da vida. Entretanto, quando em criança a eficácia pode ser menor.

As novas diretrizes estão em ofício divulgado pelo Ministério da Saúde no final de novembro. O documento apresenta detalhes das campanhas de vacinação que serão feitas durante o ano, informando as datas das ações e também o público alvo.

A vacina contra a gripe permanece com os públicos-alvo: crianças de 6 meses a 5 anos, gestantes, idosos e portadores de doenças crônicas. Foi adicionado ao grupo a população de 55 a 59 anos, que até o momento não tinha direito à vacina na rede pública.

Além das ações contra a gripe e a febre amarela, o ministério público trará para o ano de 2020 campanhas de vacinação contra o sarampo para grupos diferentes dos assistidos em 2019: em fevereiro e março, para crianças e jovens de 5 a 19 anos, e em agosto, para adultos de 30 a 59 anos.

Campanha nacional de vacinação contra a influenza (gripe)

Data: 13 de abril a 15 de maio de 2020

Público-alvo:

  • Idosos com 60 anos ou mais
  • População entre 55 e 59 anos
  • Crianças de 6 meses a 5 anos de idade (5 anos, 11 meses e 29 dias)
  • Gestantes
  • Puérperas (até 45 dias após o parto)
  • Trabalhadores da saúde
  • Professores das escolas públicas e privadas
  • Povos indígenas
  • Portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais
  • Forças de segurança e salvamento
  • Adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas
  • População privada de liberdade e os funcionários do sistema prisional

Fonte: Mais Minas

Pesquisadores desenvolvem pílula anticoncepcional com 30 dias de duração


anticoncepcional oral é um dos medicamentos mais consumidos por mulheres, que precisam seguir a orientação de ingerir a pílula diariamente. A fim de simplificar esse método contraceptivo, pesquisadores americanos desenvolveram uma cápsula que libera a droga que evita a gravidez aos poucos, durante um mês. Experimentos iniciais, feitos com porcos, tiveram  resultados positivos e, segundo a equipe, abrem as portas para  testes com humanos.

No estudo, publicado na última edição da revista Science Translational Medicine, os cientistas explicam que uma recente pesquisa mostrou que até metade das mulheres que tomam contraceptivos diários relata ter esquecido de tomar o medicamento pelo menos uma vez durante um período de três meses. A partir de então, os pesquisadores decidiram desenvolver um método que continuasse sendo ingerido oralmente, mas em um espaço maior de tempo.

Para isso, se inspiraram em trabalhos anteriores dedicados também à aplicação de medicamentos, como tratamentos para malária, tuberculose e HIV. “Sempre conversávamos sobre o impacto potencial que a liberação prolongada de drogas poderia ter no planejamento familiar. Queríamos ajudar as mulheres a controlar a fertilidade e, agora, temos o prazer de relatar nosso progresso em direção a essa meta”, ressalta, em comunicado, Giovanni Traverso, gastroenterologista, pesquisador médico da Brigham Young University, nos Estados Unidos, e um dos autores do estudo.

Giovanni Traverso e sua equipe desenvolveram uma cápsula composta por seis bastões, unidos por um núcleo com revestimento elástico. Os bastões são carregados com o contraceptivo levonorgestrel, já prescrito para mulheres. Uma vez no estômago, se desdobram e ganham extensão maior, o que ajuda a cápsula a permanecer no órgão, onde pode liberar a droga ao longo do tempo.

Os cientistas testaram a metodologia em porcos. Como comparativo, mediram a presença da droga na corrente sanguínea de animais que receberam a nova cápsula e na de animais que receberam o remédio de forma tradicional. No caso do  comprimido, a dosagem do contraceptivo diminuiu, no organismo das cobaias, após seis horas. Para a forma de liberação prolongada, a equipe observou concentrações do medicamento por até 29 dias.

Segurança

Graças aos resultados positivos, os cientistas pretendem dar continuidade à investigação. Os próximos passos incluirão a ampliação dos processos de fabricação do dispositivo e avaliações de segurança. “Nossa cápsula representa um grande avanço no sentido de fornecer às mulheres um contraceptivo mensal. Para muitos, isso pode ser difícil de acreditar. Mas nossos dados pré-clínicos nos encorajam nesse caminho”, frisa Giovanni Traverso.

Para Jordanna Diniz, ginecologista do Centro de Medicina Fetal (Cemefe), em Brasília, o estudo norte-americano mostra dados interessantes, que podem gerar um método de aplicação de contraceptivos com importantes vantagens. “Acho interessante que eles utilizem como base o levonorgestrel, que não induz a danos, como a trombose, ao contrário de outros contraceptivos, que usam uma combinação de drogas”, justifica.

A médica indica outra vantagem do método proposto. “Esse tipo de entrega do medicamento também poderia aumentar a adesão das pacientes ao método oral, que é menos complicado que outros, como o DIU e os injetáveis. A pílula ainda é o mais seguro, mas temos essa resistência, pois a maioria esquece, e o medo de engravidar é grande”, explica.

Segundo Jordanna Diniz, os cientistas parecem ter encontrado uma maneira de aplicar o medicamento com mais praticidade e sem efeitos colaterais, mas a metodologia precisa ser mais estudada. “O  polímero usado nessa cápsula mostra-se resistente ao suco gástrico, a digestão propriamente dita. Essa característica é importante, mas é necessário analisar em testes com pacientes se elas terão uma boa aceitação e se ocorrerão efeitos colaterais. Sabemos que o uso de medicamentos pode gerar complicações quando eles interagem com outras substâncias, como bebidas alcoólicas. Outro ponto importante é o preço, que não pode ser muito alto, pois o remédio precisa ser acessível para a população”, pondera.

A ginecologista ressalta ainda que outros pesquisadores têm conduzido estudos com o objetivo de aprimorar as estratégias de contracepção. “Temos visto recentemente alguns especialistas se dedicando à pílula para os homens, por exemplo. Acredito que podemos ter a esperança de que outras opções surjam e que as atuais melhorem cada vez mais”, opina a médica.

Fonte: Correio Braziliense

Paracetamol: novas regras para médicos em casos de intoxicação do paciente


Os médicos que lançaram as novas orientações apontam para a necessidade de algumas mudanças no uso da acetilcisteína – substância indicada para tratar esses tipos de casos. Elas servem para casos de consumo massivo de paracetamol ou ingestão de paracetamol cuja liberação tenha sido modificada.Vale ressaltar que as novas recomendações devem ser aplicadas apenas por profissionais de saúde, preferencialmente em um hospital ou centro médico.

Novas diretrizes

Primeira recomendação: Para casos em que há necessidade de regime de infusão de acetilcisteína, ele deve ser feito em duas bolsas: a primeira contendo 200 miligramas por quilo (200 mg/kg) ao longo de quatro horas; já a segunda deve conter 100 miligramas por quilo (100 mg/kg) durante 16 horas. Para os especialistas, essa nova indicação é eficaz e ainda ajuda a reduzir significativamente efeitos colaterais se comparado ao regime de infusão baseado em três bolsas do medicamento.

Segunda recomendação: Overdoses massivas de paracetamol que resultam em altas concentrações da substância em valores duas vezes maiores do que a linha de nomogramas devem ser gerenciadas com um aumento da dose de acetilcisteína.

Terceira recomendação: Todas as ingestões de paracetamol de liberação modificada potencialmente tóxicas (maior que 10 gramas ou maior que 200 miligramas por quilo) devem receber um curso completo de acetilcisteína. Pacientes que ingerem mais que 30 gramas ou mais que 500 miligramas por quilo devem receber doses aumentadas de acetilcisteína.

Os médicos ainda ressaltam que as novas diretrizes podem ser aplicadas durante atendimento em estabelecimentos médicos em áreas rurais desde que a acetilcisteína esteja disponível e o paciente não apresente alto risco de desenvolver lesão hepática aguda. Além disso, deve-se considerar a necessidade – e a possibilidade – de transferir o paciente para uma unidade médica maior tão logo o atendimento primário tenha sido realizado.

Intoxicação por paracetamol

A intoxicação por paracetamol acontece quando a pessoa ingere altas quantidades de medicamento contendo essa substância. Em alguns casos, pode não haver qualquer sintomas ou manifestações leves como vômito (algumas horas após a ingestão) e dor abdominal (até 72 horas). Já em situações mais intensas, a pessoa pode sofre insuficiência hepática (perda de função no fígado), apresentando quadro de icterícia (olhos e peles amarelados), além de insuficiência renal e pancreatite. Também há risco de morte para casos mais graves.

Por causa disso, ao sentir os primeiros sintomas após ingerir paracetamol, procure imediatamente o hospital mais próximos. (Veja)

Fonte: Voz da Bahia

Insulina inalável promete revolucionar tratamento da doença que já atinge 13 milhões de brasileiros


Médica endocrinologista que atende no Hospital Evangélico de Sorocaba explica os cuidados que devem ser tomados para a nova forma de administração do medicamento, que chega em breve às farmácias brasileiras.

Há mais de 13 milhões de brasileiros vivendo com diabetes no Brasil, segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes.  Com a doença, o corpo não produz ou não consegue utilizar adequadamente a insulina.

Diante dos constantes avanços científicos na área médica, um novo medicamento promete revolucionar o meio de tratamento do diabetes. Trata-se de a insulina inalável, que deve chegar ao Brasil ainda no final deste ano.

Dra. Martha Camillo Jordão, médica endocrinologista que atende no Hospital Evangélico de Sorocaba (HES), explica que, com pouca ou sem insulina, o açúcar fica em excesso na corrente sanguínea. No tipo 1 do diabetes, ocorre a destruição das células que produzem a substância no pâncreas. Já, no tipo 2, o órgão produz insulina de forma insuficiente e também existe resistência à ação da substância. Quando há a necessidade de aplicação injetável de insulina, é recomendado que seja na parte externa do braço ou da coxa ou, ainda, na barriga ou nas nádegas.

Por sua vez, a nova insulina inalável promete ação mais rápida e com maior comodidade aos pacientes que sentem dificuldades com as múltiplas injeções. O medicamento já foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). “Essa insulina vai beneficiar mais os diabéticos do tipo 2, porque as dosagens são fixas e com poucas opções de cartuchos. De qualquer maneira, é um tratamento inovador que vem para facilitar e beneficiar a vida dos pacientes”, comenta a médica.

A insulina será comercializada em três tipos de cartuchos em pó: com quatro, oito ou doze unidades para uso antes das refeições, sem, contudo, substituir as insulinas basais (injetáveis). “Os pacientes devem ter mais de 18 anos e deverão passar por avaliação pulmonar, uma vez que a medicação não poderá ser usada em pessoas com histórico de asma, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), fibrose pulmonar e tabagismo. A absorção da insulina, nestes casos, pode não ser satisfatória, além de poder desencadear crises de broncoespasmos”, orienta Dra. Martha.

A médica explica que os cartuchos devem ser acoplados em um inalador pequeno, de fácil uso e o conteúdo deve ser aspirado pela boca, com o intuito de atingir os pulmões e, consequentemente, entrar na corrente sanguínea. “Os pacientes que tomam insulina têm que seguir todas as etapas do tratamento, medindo sempre a taxa de açúcar do sangue, ou glicemia”, recomenda a médica que atende no HES.

Mesmo assim, é preciso sempre seguir a orientação médica, para manter os níveis de glicose dentro da meta estabelecida pelo especialista. Somente assim é possível evitar complicações, como a hipoglicemia (nível baixo de glicose) ou a hiperglicemia (nível alto de glicose).

Mais informações podem ser obtidas pelo site: www.hospitalevangelico.org.br. O Ambulatório Cerrado do Hospital Evangélico de Sorocaba está localizado na Rua Imperatriz Leopoldina, nº 60, enquanto o Pronto Atendimento fica situado no nº 136 da mesma rua, no bairro Vila Jardini. O Ambulatório Zona Norte do HES está na Rua Gabriel de Lara, 255, no Jardim Ana Maria. Agendamentos de consultas e exames podem ser realizados pelo telefone: (15) 2101-6600 ou WhatsApp: (15) 98132-0643.

Fonte: Agitaih

Novo protocolo simplifica tratamento de pessoas com tuberculose e HIV


O Ministério da Saúde informou nesta segunda-feira (25) que as pessoas com HIV/aids poderão manter o tratamento com o antirretroviral dolutegravir se também contraírem tuberculose. O medicamento era contraindicado durante o tratamento da tuberculose, mas estudos científicos indicaram a eficácia do antirretroviral combinado aos medicamentos para tratar pessoas infectadas por esta doença.

Segundo a pasta, o dolutegravir é considerado um dos mais modernos antirretrovirais do mundo e é oferecido no Sistema Único de Saúde (SUS) desde 2017 para pessoas com HIV. A ampliação do uso do medicamento permitirá reduzir a ocorrência de complicações durante o tratamento e alcançar mais rapidamente melhor qualidade de vida ao paciente na comparação com outros antirretrovirais usados no tratamento de HIV.

As pessoas que vivem com HIV têm 25 vezes mais risco de desenvolver tuberculose quando comparadas às que não têm o vírus. Isso acontece por causa da fragilidade do sistema imunológico, responsável pela defesa do organismo contra doenças. No Brasil, em 2017, dos 74,8 mil novos casos registrados de tuberculose, 11,4% apresentaram resultado positivo também para o HIV, o que representa 8,5 mil pessoas infectadas pelas duas doenças (TB-HIV).

De acordo com Ministério da Saúde, o risco de morte em pessoas com infecção dupla, por tuberculose e HIV, é 3,08 vezes maior do que o risco de morte em pessoas apenas com tuberculose, sem HIV. Dentre as pessoas com HIV e tuberculose, 19% evoluem para óbito, enquanto entre aquelas que têm apenas tuberculose, sem a presença do vírus HIV, o percentual é de 6,2%.

Fonte: Terra

Medicamento tecnológico promete revolucionar a saúde


Em um mundo cada vez mais digital, a mais recente inovação tecnológica são as pílulas inteligentes. O novo medicamento pode monitorar como o paciente reage ao tratamento e passar as informações para o médico, potencialmente melhorando o ramo da medicina.

A droga foi aprovada nos Estados Unidos e pode significar o início de uma nova era na indústria farmacêutica. A Abilify Mycite, nome dado à pílula, pode ser usada no tratamento de esquizofrenia e transtorno de bipolaridade.

A pílula possui um microssensor de cobre, silicone e magnésio que interage com o ácido estomacal para criar um sinal elétrico. Um equipamento externo coleta os dados e compartilha para um aplicativo de smartphone.

A questão mais importante sobre essa tecnologia envolve a coleta de dados e quem os utilizará para fins medicinais. Por enquanto o medicamento foi aprovada apenas nos Estados Unidos.

FONTE: OLHAR DIGITAL

Pesquisadores desenvolvem novo colírio para a doença do olho seco


Medicamento combate anticorpos ligados a inflamações que desencadeiam a complicação ocular. Em testes, a fórmula reduz significativamente os danos nas córneas de pessoas acometidas pela forma grave da enfermidade

Pesquisadores americanos identificaram, pela primeira vez, a presença de um tipo específico de anticorpo no líquido lacrimal humano. Segundo eles, a substância está relacionada à ocorrência da doença do olho seco. Graças à descoberta, a equipe desenvolveu um medicamento que age diretamente sobre essa molécula. Os testes clínicos iniciais com o novo colírio renderam resultados positivos em pacientes com a forma grave da enfermidade. Os dados foram publicados na revista especializada Ocular Surface.

Em estudos anteriores, os investigadores descobriram que filamentos de DNA são expulsos de neutrófilos, um tipo de glóbulo branco, e formam espécies de teias na superfície dos olhos, causando a inflamação que gera a doença do olho seco. Os pesquisadores resolveram se aprofundar nos mecanismos relacionados à complicação ocular. Desta vez, identificaram anticorpos anticitrulinados (ACPAs), produzidos pelo sistema imune, no líquido lacrimal humano. Segundo a equipe, os ACPAs também causam inflamação ocular e contribuem para o desenvolvimento dessas redes.

Com base nesses dados, eles desenvolveram um colírio formulado a partir de anticorpos combinados — que são processados a partir do sangue doado de milhares de indivíduos. O medicamento continha tipos variados de anticorpos que neutralizam os efeitos negativos dos ACPAs. Participaram do teste 27 indivíduos com a doença do olho seco na forma grave. Uma parte dos voluntários recebeu o remédio experimental e foi orientada a administrar uma gota em cada olho duas vezes ao dia, durante oito semanas. O grupo controle recebeu as mesmas instruções, mas colírios sem anticorpos.

Como resultado, os cientistas descobriram que os participantes que usaram o novo colírio tiveram  redução estatística e clinicamente significativa no dano da córnea, quando comparados ao grupo controle. “Os participantes do estudo que usaram as gotas com anticorpos combinados relataram menos desconforto ocular e tinham as córneas mais saudáveis”, relata, em comunicado, Sandeep Jain, um dos autores do estudo e professor de oftalmologia e ciências visuais da Universidade de Chicago, nos Estados Unidos.

Autoimunidade

Os autores do estudo acreditam que os dados positivos podem contribuir para aumentar a quantidade de terapias para a doença do olho seco, que atualmente conta com poucas opções de tratamento e tem impacto direto na qualidade de vida dos pacientes. “O fardo do olho seco autoimune é muito maior do que apenas ter uma sensação ocasional de secura. Ele pode comprometer severamente a vida da pessoa a ponto de incapacitar e comprometer a visão dela”, afirma  Sandeep Jain.

O cientista frisa que existem poucos medicamentos aprovados para tratar o olho seco, e eles não funcionam para todos os pacientes, especialmente para aqueles com a doença mais grave. “Portanto, ter um novo medicamento que pode tratar a doença visando um mecanismo diferente, nesse caso, uma autoimunidade, é muito importante”, diz.

A investigação terá continuidade, ampliando o número de participantes. “Os dados desse estudo clínico inicial sugerem que colírios contendo anticorpos combinados podem ser seguros e eficazes para o tratamento de doenças do olho seco, e esperamos realizar estudos randomizados maiores para provar definitivamente sua eficácia”, adianta Sandeep Jain.

Para Samuel Duarte, oftalmologista do Visão Hospital de Olhos, em Brasília, os resultados podem contribuir, de forma bastante positiva, para o tratamento de pacientes com o problema oftalmológico. “Hoje, temos muito poucos recursos que ajudam os pacientes. Usamos a lágrima artificial e também os imunossupressores. Esse colírio pode ser uma ferramenta a mais caso os testes futuros comprovem a sua eficácia e segurança”, avalia. “Sabemos que algumas situações, como privação de sono, pós-conjutivite e ficar muito tempo sem piscar os olhos, podem gerar esse problema, e na maioria das vezes a lubrificação resolve. Mas temos pacientes que devido a outros fatores, como alergia, precisam de outras opções.”

Fonte: Correio Braziliense

Projeto desenvolve medicamentos para doenças negligenciadas


Em parceria com a Iniciativa Medicamentos para Doenças Negligenciadas (DNDI, na sigla em inglês) e o Instituto de Química da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a USP participa do projeto LOLA (Otimização de Líderes América Latina), criado para contribuir na identificação de novos compostos para medicamentos contra doenças negligenciadas.

As doenças negligenciadas são aquelas consideradas endêmicas em populações de baixa renda, como a dengue e a esquistossomose. Elas são chamadas assim porque, como estão restritas a grupos com baixo poder aquisitivo, não despertam o interesse da indústria farmacêutica, apesar de serem doenças tratáveis e curáveis. Consequentemente, também há menos investimento para o desenvolvimento de pesquisas sobre elas.

No caso do projeto LOLA, o foco são as doenças negligenciadas mais comuns em regiões de clima tropical, como o Brasil. Ao identificar uma molécula promissora, os pesquisadores a submetem a uma série de experimentos para determinar se ela pode ser utilizada na criação de um medicamento. Confira os detalhes no vídeo.

COMUNICADO SINCOFARMA MINAS GERAIS – PORTARIA 240/2019


O SINDICATO DO COMÉRCIO VAREJISTA DE PRODUTOS FARMACÊUTICOS DO ESTADO DE MINAS GERAIS – SINCOFARMA MINAS GERAIS, com fundamento e base nas prerrogativas legais que lhes foram atribuídas, tem acompanhado atentamente todas as medidas públicas e privadas que afetam a saúde e o comércio de produtos farmacêuticos, tanto no Estado de Minas Gerais, quanto em âmbito nacional.

 

Nesse sentido, a entidade tem acompanhado os desdobramentos da Portaria 240/2019 e os seus impactos perante a categoria. O SINCOFARMA MINAS GERAIS, protocolou ofício perante o Ministério da Justiça e Segurança Pública e a Polícia Federal destacando a necessidade de discussão do assunto com o setor farmacêutico e a desnecessidade de tal obrigatoriedade para as farmácias de manipulação.

 

Enquanto isso, esclarecermos que para a emissão das licenças exigidas pela Portaria 240/2019, será necessário o auxílio do responsável contábil (contador/contabilidade) da empresa. Segue o passo a passo inicial para emissão do documento no site da Polícia Federal:

Acesse:

www.pf.gov.br

 

1º – ir à opção serviços, localizada na aba esquerda e clicar em produtos químicos;

 

2º – Abrirá uma nova página, no final, há uma nova opção de serviços. Clique em Núcleo de Cadastro e Licença;

 

3- Será aberta uma nova página. Nessa página, há seguintes opções:

 

 

Link com relação de documentos e informações auxiliares:

file:///C:/Users/2297/AppData/Local/Microsoft/Windows/INetCache/Content.Outlook/ZSLO75XH/Emissao%20CRC-CLF%20(003).pdf

Atenciosamente,

Sincofarma Minas Gerais

Surge esperança de tratamento para a dengue hemorrágica


Triptase

Pesquisadores descobriram que a triptase, uma enzima das células humanas que age como uma tesoura para cortar proteínas, é responsável pelo vazamento dos vasos sanguíneos na febre hemorrágica grave da dengue.

Essa descoberta sugere uma possível estratégia para lidar com essa condição potencialmente fatal e ainda intratável.

A estratégia sugerida pelos pesquisadores, que ainda precisará ser testada em humanos, consiste em usar um inibidor da triptase, o mesilato de nafamostato, nos casos mais graves da dengue.

Enquanto a maioria dos pacientes experimenta uma forma mais leve da dengue, uma pequena porcentagem desenvolve a febre hemorrágica, a ocorrência mais grave, em que os vasos sanguíneos se rompem, provocando hemorragias. Isso pode levar à síndrome do choque da dengue – o estágio final da dengue hemorrágica – em que o sistema circulatório falha, levando o corpo ao sangramento e choque, que é fatal sem tratamento imediato.

Não se sabe exatamente como alguns pacientes com dengue desenvolvem essas condições graves e, por decorrência, não há nenhum tratamento direcionado para evitar as hemorragias ou reverter os choques.

Tratamento para dengue hemorrágica

“Nós descobrimos que, em casos graves, uma enzima específica, chamada triptase, corta as proteínas que atuam como selos entre as células dos vasos sanguíneos, resultando em vazamento dos vasos sanguíneos e choque durante a infecção pela dengue,” disse a professora Ashley St. John, da Universidade Duke (EUA).

Com base nessa descoberta, a equipe se propôs a verificar se um medicamento específico para inibir a triptase poderia ser usado para tratar a hemorragia. O mesilato de nafamostato, um inibidor da triptase clinicamente aprovado e com um bom perfil de segurança, foi testado usando modelos pré-clínicos. A administração desse medicamento, que já é usado para o tratamento de certas complicações hemorrágicas em alguns países, impediu o vazamento vascular no modelo da dengue.

Mesmo o tratamento retardado com a droga foi significativamente eficaz na redução do vazamento vascular da dengue em um modelo pré-clínico do estágio mais grave da doença.

Os autores afirmam que o próximo passo será realizar ensaios clínicos para testar se os inibidores da triptase podem reverter a hemorragia da dengue e evitar o choque em humanos.

Checagem com artigo científico:

Artigo: Dengue virus-elicited tryptase induces endothelial permeability and shock
Autores: Abhay P. S. Rathore, Chinmay Kumar Mantri, Siti A. B. Aman, Ayesa Syenina, Justin Ooi, Cyril J. Jagaraj, Chi Ching Goh, Hasitha Tissera, Annelies Wilder-Smith, Lai Guan Ng, Duane J. Gubler, Ashley L. St. John
Publicação: Journal of Clinical Investigation
DOI: 10.1172/JCI128426